ABC Heart Fail Cardiomyop 2024; 4(2): e20240011
Megacólon Gigante em Cardiomiopatia Chagásica: Uma Combinação Desafiadora
O presente caso se trata de um homem de 62 anos, portador de cardiomiopatia chagásica, de forma dilatada e arritmogênica, com disfunção ventricular importante e sob terapia de ressincronização cardíaca e cardiodesfibrilador implantável implantados previamente. No segmento ambulatorial anterior à internação, havia registros de arritmias ventriculares recorrentes e múltiplos choques apropriados do dispositivo nos últimos anos.
O paciente deu entrada no serviço de emergência com quadro de astenia intensa e dor abdominal, vômitos pós-prandiais e engasgos há uma semana. Estava em uso das seguintes medicações: losartana 100 mg/dia, carvedilol 50 mg/dia, espironolactona 25 mg/dia, empagliflozina 25 mg/dia, furosemida 80 mg/dia, ácido acetilsalicílico 100 mg/dia e atorvastatina 40 mg/dia. Ao exame físico da admissão, observou-se importante queda do estado geral, caquexia, pressão arterial de 84×57 mmHg e frequência cardíaca de 93 bpm. Além da hipotensão, notavam-se extremidades frias e tempo de enchimento capilar prolongado. Não havia edema periférico, turgência jugular ou congestão pulmonar. Além disso, notava-se importante distensão abdominal e dor à palpação. Diante da história clínica e do exame físico, foi feito diagnóstico de abdome agudo obstrutivo e insuficiência cardíaca (IC) descompensada perfil L.
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Palavras-chave: Cardiomiopatia Chagásica; Doença de Chagas; Megacolon
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