ABC Heart Fail Cardiomyop 2022; 2(4): 362-366

Doenças Pericárdicas em Pacientes Oncológicos

Fabio Fernandes ORCID logo , Georgina del Cisne Jadán Luzuriaga, André Dabarian, Isabela Danziato Fernandes, Pietro Marburg Celano, Isabella Peterlini Valsi, Claudio Martins de Queiroz, Fábio Danziato Fernandes, Vagner Madrini Junior, Dirceu Mello, José Augusto Duncan Santiago, Aguinaldo Figueiredo Freitas Jr ORCID logo

DOI: 10.36660/abchf.20220081

Resumo

O derrame pericárdico pode se desenvolver em pacientes com pericardite aguda ou em associação com uma grande variedade de doenças sistêmicas, manifestando-se como um transudato, exsudato, piopericárdio ou hemopericárdio. As efusões mais volumosas geralmente estão relacionadas com a origem tuberculosa ou neoplásica. Os tumores pericárdicos primários são raros, portanto, a grande maioria dos casos é decorrente de tumores secundários. O derrame pericárdico pode estar presente em 7% a 53% dos pacientes oncológicos e está relacionado a um estágio avançado da doença. Os principais tipos de câncer associados ao envolvimento pericárdico são os de pulmão, mama, hematológicos e trato gastrointestinal. A apresentação clínica é variável, desde pacientes assintomáticos, e até quadro de tamponamento cardíaco, presente em um terço dos pacientes. No geral, os derrames pericárdicos são moderados a graves, e o trabalho diagnóstico deve focar principalmente na busca da doença primária e no quadro hemodinâmico. A presença de derrame pericárdico confere um pior prognóstico, e o tratamento depende da condição oncológica de base. Os tratamentos intervencionistas em pacientes com neoplasia incluem a pericardiocentese, a janela pericárdica e a pericardiectomia cirúrgica.

Doenças Pericárdicas em Pacientes Oncológicos

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