ABC Heart Fail Cardiomyop 2023; 3(3): e20230058

Índices da Onda P para Avaliação de Risco de Fibrilação Atrial na Doença de Chagas

Claudia da Silva Fragata ORCID logo , Abilio Augusto Fragata Filho ORCID logo , Francisco Faustino França, Mariana Fuziy Nogueira ORCID logo , Angela Maria Lourenço, Cristiane Castro Faccini, Lucas Petri Damiani ORCID logo

DOI: 10.36660/abchf.20230058

RESUMO

Fundamento:

Estudos que analisaram a ativação atrial no eletrocardiograma (ECG) geralmente destacaram a duração e a dispersão da onda P, o intervalo PR, a razão P/Pri, e o Tempo de Ativação Atrial (TAA). Embora esses índices possam ser preditores da Fibrilação Atrial (FA) em diferentes contextos clínicos, nenhum estudo analisou-os no contexto da Doença de Chagas (DC).

Objetivos:

Avaliar os seguintes índices eletrocardiográficos como preditores da FA na DC: duração da onda P, TAA, dispersão da onda P, intervalo PR, e razão P/PRi.

Métodos:

Este estudo retrospectivo examinou ECGs de pacientes com DC que foram monitorados por pelo menos 10 anos e analisou a evolução de cinco índices eletrocardiográficos ao longo do tempo em pacientes com e sem FA.

Resultados:

Dos 42 pacientes com DC incluídos no estudo, 13 desenvolveram FA (grupo “com FA”) e 29 não desenvolveram FA (grupo “sem FA”). O tempo médio decorrido entre o primeiro e o segundo ECGs analisados foi 20,55±54 anos. Enquanto a razão P/PRi não foi diferente entre os dois grupos no momento do primeiro ECG, ela diminuiu de 0,68±0,11 para 0,57±0,11 no grupo “com FA”, e foi significativamente mais baixa que no grupo “sem FA” no momento do segundo ECG (p=0,03). Não houve diferença estatisticamente significativa nos demais parâmetros estudados.

Conclusões:

Em nosso estudo, somente a razão P/PRi foi preditora do início de FA paroxística, com os valores mais baixos predizendo a ocorrência dessa arritmia.

Índices da Onda P para Avaliação de Risco de Fibrilação Atrial na Doença de Chagas

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