ABC Heart Fail Cardiomyop 2023; 3(3): e20230056

Síndrome Pós-COVID-19 e as Repercussões Autonômicas nas Variáveis Cardiovasculares

Giulia Yuni Davanço ORCID logo , Matheus Figueiredo Torres ORCID logo , Neif Murad ORCID logo , Glaucia Luciano da Veiga ORCID logo , Pedro Henrique Alves Reis ORCID logo , Juliana de Vasconcellos Barbosa ORCID logo , Beatriz da Costa Aguiar Alves ORCID logo , Thaís Moura Gascón, Rodrigo Daminello Raimundo ORCID logo , Fernando Luiz Affonso Fonseca ORCID logo

DOI: 10.36660/abchf.20230056

Resumo

Fundamento:

O vírus SARS-CoV-2 é responsável pela pandemia de COVID-19. Foram observados vários efeitos adversos no sistema cardiovascular em pacientes hospitalizados por COVID-19. A infecção pelo SARS-CoV-2 adicionou outro possível agente causador de arritmia devido ao aumento de citocinas. Acredita-se que pacientes que tiveram COVID-19 são mais propensos a desenvolver doenças cardiovasculares após a infecção. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é um marcador importante da saúde do coração, com os valores mais baixos indicando redução do controle de frequência cardíaca vagal.

Objetivos:

Analisar a modulação autonômica da frequência cardíaca de pacientes com síndrome pós-COVID-19.

Métodos:

Foram avaliados 50 pacientes de ambos os sexos com pelo menos 6 meses de recuperação da COVID-19 atendidos em um ambulatório de cardiologia. O registro de intervalos RR foi realizado com um cardiofrequencímetro portátil.

Resultados:

Os valores de RMSSD (Root Mean Square of the Successive Differences) (36,3±35,7 ms, p=0,0363) e HF (alta frequência) (446,3±632,2 ms2, p=0,0394) foram mais altos no grupo pós-Covid em comparação com o grupo de controle. Além disso, os valores de TINN (228,0±120,9 ms, p=0,009), LF/HF (3,8±3,8 a.u., p=0,1020), DP2 (40,1±19,3 a.u., p=0,005) e DP1/DP2 (2,2±1,0 a.u., p<0,0001) foram mais baixos no grupo pós-Covid.

Conclusão:

O estudo mostrou aumento de parâmetros relacionados à atividade autonômica parassimpática e sua modulação. Além disso, foi observada menor variabilidade da frequência cardíaca em pacientes em período pós-recuperação da COVID-19 quando comparados a um grupo que não contraiu a doença.

Síndrome Pós-COVID-19 e as Repercussões Autonômicas nas Variáveis Cardiovasculares

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