Nos últimos 35 anos, a cardiologia, especialmente o campo da insuficiência cardíaca (IC), presenciou uma verdadeira revolução terapêutica baseada em evidências científicas. Primeiro, com os vasodilatadores, passando para a hipótese fisiopatológica neuro-humoral com os inibidores da ECA (IECA), betabloqueadores, antagonistas mineralocorticoides e, mais recentemente, inibidores da neprilisina e inibidores da SGLT2, houve uma redução da morbimortalidade raramente vista na história da medicina. No entanto, praticamente todas as evidências associadas a essa impressionante redução de eventos vem às custas de benefícios […]